quinta-feira, 11 de abril de 2013

Novo Artigo - Absenteísmo: isso tem cura, doutor?


Uma vez, participei de um processo seletivo onde me fizeram a pergunta de como resolver o absenteísmo. Pensei por um instante e respondi, resolveria com uma gestão de RH honesta e decente. A entrevistadora ficou me olhando e retrucou, defina honesta e decente. Então disse que defino como honesta e decente uma gestão que paga salários compatíveis com as funções, um pacote, mínimo pelo menos, de benefícios e jamais prometer absurdos ou falsas esperanças de promoções ou aumentos e principalmente tratar a todos com dignidade.
Seria uma boa né? Mas o que acontece de verdade nas empresas?
Acredito que aconteçam diversos fatores, onde selecionei 2 deles, mas antes de falarmos deles vamos ver o que é absenteísmo.
No Aurélio temos: “s.m. Falta de assiduidade à escola, ao trabalho ou a qualquer lugar a que estão ligados deveres e interesses próprios. / Sistema de exploração agrícola em que um intermediário se interpõe entre o proprietário ausente e o cultivador”.
No guiarh.com.br: “Do francês absentéisme, derivado do inglês absenteeism, de absentee, ou pessoa que falta ao trabalho, à escola etc. Que vive ou está, via de regra, ausente”.
Numa escola por exemplo, podemos dizer que o que gera o absenteísmo seria o desinteresse nas aulas, ou professores ruins e um aluno pouco interessado, e no trabalho? Poderíamos concluir o mesmo adaptando o professor no gestor, as aulas no ambiente corporativo e o aluno ao colaborador? É claro que sim!
Temos que ter muito cuidado ao olhar o problema, pois podemos apenas atacar os sintomas sem “curar” o problema. Infelizmente existem muitos gestores míopes que não conseguem perceber que são os verdadeiros causadores da insatisfação, exemplos não faltam, temos salários baixos, promoções sem aumento de salário, dupla função, horas extras obrigatórias e muitas outras situações que somos expostos no nosso cotidiano, como se manter motivado nessa situação? Começamos a faltar ou chegar atrasado, não trabalhamos no nosso máximo e começamos a procurar outros empregos, temos aí um clássico abandono do barco.
Mas também encontramos colaboradores indecisos ou digamos preguiçosos que nunca estão satisfeitos, exigem absurdos sem ter um desempenho adequado a fazer jus a exigência. Por isso os gestores precisam ter os olhos e ouvidos bem atentos para identificar o problema. Se está na empresa, vamos ver com a chefia o que pode ser melhorado a curto e a longo prazos, quando é no colaborador vamos motivá-lo ou orientá-lo, será que isso mesmo o que ele quer? Está na função adequada/desejada? Ou realmente ele não está muito a fim de colaborar? Nesse caso não temos muitas escolhas.
Enfim, vamos ter cuidado para não nos supervalorizarmos e olhar com clareza e objetividade o lugar que trabalhamos para não abandonarmos o barco quando mais precisarem de nós.

Um comentário:

  1. Excelente olhar para enorme multiplicidade de problemas. Apesar do mercado de trabalho reservar aos profissionais capacitados - aqueles que reúnem habilidades específicas e formação adequada - considerando-os como se fosse a "nata da sociedade". A estes cargos, destinam-se erroneamente os que possuem um bom networking. Enquanto a cultura das empresas não sair do papel, teremos que conviver com "profissionais" ocupando cargos de Diretoria sem sequer saber redigir um texto.

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